Sina

Sim e não, quando não cabe talvez. E, talvez, o sim ou o não seja o sim para outros nãos ou os nãos para outros sims. Dizer não é difícil, dizem. Como não é fácil dizer sim, quando o não é a resposta que já sabemos. É preciso alguma coragem para dizer sim e decidir teu destino como em uma roleta russa.

E, dessa forma, com um revólver apontado na minha cabeça tive que escolher entre um não travestido de sim ao marasmo ou o sim fingindo de não à zona de conforto. Os 5 segundos que decidiriam outros segundos do resto de minha vida. Declinei.

Uma bala na cabeça não permitiria destituir da decisão de apertar o gatilho. Mas outros 5 segundos da mais profunda reflexão superficial possível e a complacência providencial de um interlocutor paciente deram-me a chance de seguir algo que algumas pessoas chamariam de intuição.

Fui disposto a não secar o copo meio vazio. E não faltaram caras e bocas para sugerir o contrário. No meio de tantas dizendo que não, um sorriso sincero pareceu-me dizer que sim. Será minha, minha sina? Resta-me outra vez o eterno dilema do sim e do não, mas, desta vez, a arma não está na minha testa.

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