Soneto da tarde
Linda sereia morena
Que todas as tardes se banha
Nas águas do mar, logo se assanha
Quando me vê e acena
De longe contemplo bem
A bela sereia nua
Que com toda lábia sua
Me faz ao mar refém
Não resisto, vou em frente
Hesita e me fisga, resolve
Tal qual peixe em anzol
Me usa e de repente
No fim da tarde me devolve
Antes do pôr-do-sol